Avô - Vide - Oliveira do Hospital

Avô é uma freguesia  do concelho de Oliveira do Hospital,  com 595 habitantes (em 2011). Esta bonita vila situada na zona Centro do País, banhada pelo Rio Alva e pela ribeira de Pomares formando um lago com uma ilhota no meio. Recentemente renovada, contando agora com zonas de relvado, parque de merendas, balneários e passeios pedestres. 

 Sendo considerada uma das mais belas localidades portuguesas, tendo por esse motivo sido escolhida a sua fotografia para capa do livro de arte As Mais Belas Aldeias de Portugal.

A vila com origem bem antiga, e o seu topónimo Avô, provém do facto de não haver  pontes sobre o rio Alva, e só se poder  entrar no local atravessando a “vau” o rio Alva, e a ribeira de Pomares, que ali tem a sua foz. 

Do Miradouro Varandas de Avô tem-se um panorama fantástico, enriquecido pela beleza do casario, e a fantástica natureza envolvente, com o Rio Alva e a Ribeira de Pomares a emoldurá-la.

Hoje já não atravessamos a vau, há pontes e os jovens aproveitam para daí mergulhar no rio Alva, o que não estava a acontecer, porque o Alva levava pouca água e a profundidade era pouca

Mas se da ponte não dava, havia quem se atirasse da rocha adjacente. Nesta foto podemos constatar que a sombra é mais pesada que o jovem, ou a gravidade atrai os corpos mais leves? Por outro lado, do que conheço de Lucky Luke, este chegaria primeiro já que era mais rápido que a própria sombra. 

 Como podem ver a sombra, alonga-se só para chegar primeiro á água.

 E agora (?), com a imagem congelada, porque a sombra não o deixa entrar na água,… bem feito que é para aprender a ser mais rápido, ou será que ele caiu em cima da sombra?...

  Depois desta canseira, vamos até Barrosa-Vide.  Se ainda vos apetece ir á água aproveitem. O local é muito bonito, a água muito fresquinha e eu diria que a pudemos beber (eu assim fiz, mergulhei e engoli uns pirolitos!).

 Façamos uma pausa. E de Miguel Torga, uma

SAUDAÇÃO,

Não sei se comes peixes se não comes,

                               Irmão poeta Guarda Rios:

                               Sei que tens céu nas asas e consomes

                               A força delas a guardar os rios.

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 Martim-pescador, martim-grande, papa-peixe, pica-peixe, ariramba, urarirana, são nomes comuns para o guarda-rios. Como habita preferencialmente, junto de rios ou lagos, é fácil encontrá-lo nesta zona. O bico e as patas são bastante coloridos, a plumagem é exuberante de cores azuis ou verdes. Calma, garantidamente também não nos atacam, é que os guarda-rios são aves monogâmicas, formam casais permanentes.

Mas há outro guarda rios (o restaurante), este da imagem, instalado sobre o rio, onde podemos recuperar energias.

Foz D'Égua - Piódão

Ainda pela bonita Serra do Açor, a cerca de 8 km, de Piódão, por estrada, vamos encontrar aldeia de Foz d’Égua.

  Mas deixemos o automóvel, e seguindo pela margem direita da ribeira, o percurso é feito pelas curvas da encosta, tendo como paisagem os socalcos, extraordinária conquista de espaço para cultivo e construção: São patamares sobre patamares, escadas que contornam e dão acesso aos terrenos conquistados.

Na aldeia de Foz d´Égua, dá-se o encontro da ribeira de Piódão com a ribeira de Chãs. É nesta junção de águas que se situa a bonita praia fluvial

Há uma ponte que causa surpresa aos visitantes, que mais parece retirada de um dos filmes da saga de “Indiana Jones” . É uma ponte suspensa, suportada por cabos de aço, entre a estrada e as propriedades, tal como a ponte, privadas.

 Fiquei a saber (via internet), que este magnifico local estava em ruínas e ao longo do tempo foi completamente restaurado pelo Sr. Carlos Borges e família. As pontes foram restauradas, as habitações melhoradas, foi construída uma piscina, uma ponte suspensa em madeira, uma capela, etc

 Este postal, é fruto de muito trabalho do casal Borges que dedicou grande parte da sua vida a este projecto!

Até muito breve, agora por Avô - Oliveira do Hospital.